Hj foi dia de mais uma despedida... desta vez final e não só mais uma festa ou um copo!!!!
Despedida de aeroporto, de malas e de bilhete na mão...
Custa imenso... sim, porque quando nos vimos embora temos tempo para nos mentalizarmos do que vamos deixar, e custa já horrores, mas de certa maneira mentalizamo-nos...
Agora qd se chega a um país estranho, sem se conhecer nada nem ninguém, as pessoas com quem se partilha o dia-a-dia, com quem se vai descobrindo a cidade, o trabalho, o riso, tornam-se os amigos, a família, o apoio que se tem...
E custa conquistar-se um lugar, mas é tudo forte e intenso... porque todos aqui estamos sós, sem pátria, sem família e sem os amigos que aqui vamos fazendo e conquistando...
E assim, a despedida custa horrores, porque o que se tornou parte do novo mundo, os espaços e os locais que essas pessoas ocupam passam a estar vazios, o olhar para uma secretária vazia, para uma bancada limpa e sem vida, são sinónimos de partida...
Partida para uma nova vida... para uma vida junto da família e das namoradas... mas custa deixar tb o sítio onde se viveu durante tanto tempo...
É um sentimento duplo de felicidade e tristeza...
Só tenho a dizer uma coisa... vida de emigrante não é fácil...
Porque quando se está mesmo longe, como eu estou, o contacto com as pessoas, família e país não é muito... e por isso só se pode fazer duas coisas... ou viver a vida que se tem o melhor que se pode... ou sonhar com o regresso...
Aqui, por estarmos tão longe só se sobrevive se optarmos pela primeira opção...
Enfim... mais uma fase de adaptação....